Corvina divina

Tal como já disse algures, tenho tendência para me fidelizar a alguns vendedores de certos produtos frescos. Um deles é um senhor do Mercado de Algés que tem as melhores corvinas que eu alguma vez comi. Sempre que lá vou não deixo escapar a oportunidade de as comprar, inteiras ou em postas, e jamais deixarei de me surpreender com a frescura das ditas cujas. Num mundo perfeito, eu teria disponibilidade para ir à praça várias vezes por semana, mas como não tenho, não posso deixar de congelar o peixe que compro nos fins-de-semana em que vou ao mercado. Ainda assim, mesmo depois de congeladas, estas corvinas continuam brancas, suculentas, com cheiro a maresia e quase iguais ao que eram quando as comprei.

Hoje fiz uma massada de corvina para o almoço. Geralmente cozinho e lasco o peixe, mas desta vez resolvi usar as postas inteiras. Ficou absolutamente divinal... e é mesmo mesmo fácil de fazer.


Enquanto o peixe toma de sal, refoga-se em azeite uma cebola e uns dentes de alho, ambos picados, temperando o refogado com salsa e uma folha de louro. Quando estiver a dourar, junta-se tomate fresco - em pedaços ou triturado - e um pouco de vinho branco. Deixa-se cozinhar. Junta-se as postas, tapa-se o tacho e, passado uns minutos, vira-se as postas para selarem do outro lado.


Baixa-se o lume e deixa-se cozinhar com o tacho tapado. Junta-se a massa e acrescenta-se água a ferver, em quantidade suficiente para cozer a massa. Desliga-se quando estiver al dente.


Com várias costelas alentejanas, acho que o último passo deve ser juntar um bom molho de coentros picados. Como cá em casa sou a única a concordar com esta teoria, limito-me a juntá-los ao meu prato. Eles é que não sabem o que é bom...


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