Quem diria?
Confesso: nunca pensei ser capaz. Sabia que me ia demorar demasiado tempo, sabia que iria errar e achava que iria desistir antes de terminar. Mas... cá está ela: uma mala feita por mim. E, apesar de uns pontos tortos, até ficou bem! Estou tão orgulhosa!
Há alguma batota aqui pelo meio. Os tecidos - lindos, lindos, lindos - já vinham cortadinhos e faziam parte deste livro espectacular que me deram nos anos, quando a ideia de aprender a coser à máquina já andava a pairar aqui no sótão.
Ainda assim, não se pode dizer que tenha sido propriamente fácil. Até conseguir montar a dita mala e fazer uma malfadada T-junction - que é o que lhe dá estrutura -, cosi e descosi os tecidos duas vezes. Se tivesse sido um fim-de-semana normal, certamente teria mandado tudo às urtigas e ido fazer algo mais produtivo. Mas considerando que não conseguia fazer nada que envolvesse grande esforço físico, não havia boas desculpas à mão de semear...
Ultrapassada a questão da T-junction, tudo o resto foi relativamente simples. Tudo excepto o fecho. Era suposto fazer um tubo em tecido, que consiste em coser uma tira fina do dito cujo, juntando pelo avesso os dois lados mais compridos, cosendo a meio da tira e fazendo uma terminação em viés. Depois é "só" atar um fio à ponta, passar essa ponta pelo tubo e virar o tecido pelo direito. Só? Desafia as leis da física e perde! Não sei se o tecido é demasiado grosso ou se sou eu que sou demasiado naba, mas ao fim de algumas tentativas - e de ter a tira quase a metade (afinal, o tecido desfia) - declarei que o exercício é uma impossibilidade prática. Talvez um dia volte a tentar. Ou não...
Bem, neste ponto e com a mala já feita, tinha que arranjar uma alternativa. Como me sobraram duas tiras de tecido (vinham com o kit, mas nem uma palavra sobre onde as coser), usei uma delas para fazer um fecho. E até consegui fazer com relativo sucesso uma casa para o botão. Como foi feita à mão, não ficou lá grande coisa, mas depois da experiência falhada do tubo, não me ia deixar desanimar por um detalhe desses.
E assim nasceu a primeira mala feita por mim, contra todas as minhas expectativas de sucesso. A Catarina, que foi acompanhando atentamente o processo, queria ficar com ela. No way, disse-lhe eu, esta é para mim...
Bom, pelo menos já sei que um dia vou ter uma prenda feita por ti. :) Está um mimo. Please, continue!!!
ResponderEliminarA mala está linda e na Primavera que vem aí vai ser um sucesso.
ResponderEliminarEspero que se aceitem inscrições para malinhas.
Chuak
Prometo: estão no topo da minha lista :)
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