Uma pequena semente

No dia doze de Março de dois mil e onze foi plantada uma pequena semente. Como portuguesa, como cidadã, como mãe, como filha, como trabalhadora, não podia deixar de lá estar. Foi apartidário. Foi pacífico. Foi ordeiro. Foi construtivo. Foi um abanão. Foi diferente. Foi muito bom.

O mote pode ter sido a precaridade no trabalho, a actual situação por que o nosso país está a passar, o descontentamento com a classe política. Ouvi várias ideias, umas que subscrevo, outras que rejeito. Vi uma iniciativa destas a nascer da sociedade civil e a ser abraçada por gente de todas as idades, credos e classes, vi famílias inteiras unidas a este gesto, vi pessoas sem trabalho, pessoas que o têm, pessoas descontentes e pessoas que estão bem com a sua vida, como é o meu caso, mas que lá por estarem bem não se conformam com o facto de quem está ao lado delas não o esteja. Para mim, foi o início da mudança, uma pequena semente plantada num terreno que tem estado ressequido, mas que tem todas as condições para ser fértil.

O que se está a passar no nosso país é da responsabilidade de todos, como defendo aqui. O contributo de uns é maior do que o dos outros, para o bem e para o mal, mas acredito que todos somos responsáveis e, como tal, todos temos que contribuir para a solução. Por isso fui. 

Neste sítio, deixo apenas as imagens e a nota de que o que aconteceu no dia doze de Março foi algo que me encheu de esperança.

















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