Acabei de ler...

(daqui)

Muito se ouve sobre o José Luis Peixoto. Há quem adore. Há quem deteste. Para mim, depois de ter lido quatro dos seus livros, é essencialmente um poeta a escrever prosa. A sua escrita transpira poesia. E eu adoro poesia. Em parte por isso, faço parte do primeiro grupo. Acabei de ler o seu primeiro livro de viagens, um relato sobre a viagem que fez à Coreia do Norte durante as comemorações do centenário do nascimento de Kim Il-sung. Uma descrição impressionante sobre a falta de liberdade de um povo numa ditadura construída em torno do culto da imagem de um líder e dos seus descendentes, sobre a farsa, sobre a histeria colectiva e o exagero. Sobre um povo de mente totalmente condicionada. Mas, também, sobre pequenos rasgos de felicidade e de afeto, pequenos sinais de irreverência que por vezes emergem da ordem pré-fabricada e que, talvez, sejam uma semente de mudança.

Citando: num mundo imperfeito, não há ninguém que esteja sempre certo. Da mesma maneira, ninguém está sempre errado.

A não perder!

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