Bruschetta com chévre, mel, nozes e alecrim e as saudades de casa
Tenho saudades. Dos miúdos. Do André. De casa. Por muito cansada que esteja, esses são os meus portos de abrigo. Custa-me muito estar longe, mesmo que por uns dias apenas.
É bom poder estar a aprender coisas novas. É bom ter oportunidade para falar com outras pessoas, ouvir outros pontos de vista, pensar de maneira diferente nos problemas. É bom sair detrás do computador e dos meus números e fazer algum trabalho de campo. É bom mudar de ares, poder dar um passeio ao fim da tarde e jantar sem preocupações. Poder levantar-me às sete e meia (acreditem, é um luxo que não conheço há oito anos...), ter que tratar só de mim e tomar um pequeno-almoço tranquilo. É bom não ter que passar o dia todo a correr, de casa para o trabalho, do trabalho para casa, ir buscar os miúdos, tratar dos banhos, do jantar, ajudar nos trabalhos de casa, brincar um pouco, ler histórias, arrumar as coisas... enfim, é bom.
Mas é mau também. Sinto falta dos abraços apertados da Cat. Da cabeça do Tiago aninhada no meu ombro. Do sorriso do André. Do "mamã, mamã, mamã" que oiço a toda a hora (e que me põe tantas vezes doida e a refilar). Das brincadeiras. Dos risos. Dos cheiros. Diria até que tenho saudades do caos diário que se instala lá em casa, mas isso não é verdade, desse não tenho saudades nenhumas...
Quanto à bruschetta, é tão simples que quase não há uma receita para escrever. Pão em fatias, esfregado com alho e com um fio de azeite. Queijo chévre em rodelas. Nozes. Um pouco de mel. Folhas de alecrim fresco. Forno até estar bem tostado. Comer. Nada de novo. Mas leva-me a casa, mesmo que apenas por uns momentos.
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