Último
Dois mil e vinte e três foi o ano em que não consegui voltar a escrever como queria, em que não passei mais tempo, real ou virtual, com as pessoas de que gosto (apesar de ter estado com quase todas as minhas pessoas pelo menos uma vez), em que não voltei a cozinhar como fazia antigamente, em que não aprendi a tocar guitarra. Não fui a nenhum concerto, não visitei nenhum museu no Luxemburgo (mas visitei noutras bandas). Não fui regularmente à floresta, não terminei de organizar as fotografias (que produzo para além da minha capacidade de gestão), não consegui levantar-me antes das sete para fazer as minhas coisas (apesar de acordar muitas vezes bem antes disso e ficar a morrer debaixo dos lençóis porque não vou para nova e este cansaço não me larga). Não fiquei em forma apesar de ter sido consistente a fazer desporto.
Contudo, dois mil e vinte e três foi um ano de viagens, de amizades (novas e antigas), de fotografia (com direito a prémio e tudo), de leitura, de teatro. Foi um ano de trabalho, muito trabalho. Foi um ano em que arrisquei e não petisquei, mas que só por ter arriscado consegui perceber um pouco melhor o que fazer daqui para a frente. Foi um ano muito complicado em vários aspectos, mas que consegui levar a bom porto sem saber muito bem como. Foi um ano em que percebi que sou mais forte do que acreditava ser.
Foi o ano que foi. Não escrevi sobre ele, mas fotografei-o. Pelo menos, alguns momentos.
Gostei muito da sua postagem! Seus insights são esclarecedores. Por favor, escreva mais!
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